terça-feira, setembro 27, 2005

Paternidade: um direito ou um dever?

Desde a inauguração do fabuloso e moderníssimo mecanismo de e-mail deste blog, que me têm chegado às mãos milhares de missivas diárias. Tenho conseguido lê-las com grande dificuldade, apesar da minha reconhecida capacidade.

Devo dizer que uma fatia considerável não passa de lixo sem qualquer interesse, como aliás seria de esperar. Mas a maior parte são tentativas descaradas e ridículas de me seduzir (embora não possa deixar de aplaudir a imaginação e a...“qualidade gráfica” de algumas das propostas).

Mas, para que fique claro de uma vez por todas, eu não estou interessado em ser o único macho numa orgia lésbica, mesmo que as participantes sejam todas top models confusas (ansiando, como todas as lésbicas, por um homem a sério, que faça delas mulheres), nem muito menos me agrada a pespectiva de participar num threesome com duas liberais e imaginativas teenagers, por mais esculturais e fotogénicas que sejam! E não, definitivamente não quero ser o pai do filho de ninguém, de uma vez por todas! Por isso, não vale a pena insistirem neste tipo de propostas, por mais bem ilustradas que sejam!

É já tempo do mulherio parar com a histeria colectiva e aceitar um facto insofismável: após buscas exaustivas, que me levaram das dunas escaldantes do Sahara às tundras geladas da Sibéria, já encontrei a minha cara metade e estou muito satisfeito com ela!

Mais, tendo em conta a minha incomensurável inteligência e a minha beleza luminosa e radiante, a probabilidade de existir mais do que uma pessoa à minha altura neste planetazinho periférico é inferior à de ver uma lesma afónica declamar as obras completas de Shakespeare em menos de 97 minutos!

No entanto, eu compreendo o desespero feminino perfeitamente! Quem pode censurar uma fêmea competente por querer que o seu filho tenha a melhor herança genética possível (pelo menos, do lado do pai), quando, ainda por cima, recebe como bónus (nada negligenciável, antes pelo contrário) uma noite com um deus do amor, mestre supremo nos mistérios carnais e curial fornicador, como é o meu caso? Compreende-se perfeitamente a insistência!

Mas estas tentativas, apesar de patéticas e condenadas ao insucesso, levantam uma questão filosófica importante: terei eu o direito de negar à humanidade a continuidade da minha linhagem, no que seria uma catástrofe com consequências de médio/longo prazo piores do que a explosão de 5 bombas nucleares de máxima potência? Não é o meu dever assegurar que o meu genoma perfeito é transmitido às gerações futuras? É aceitável que negue esse tesouro, fruto de milhares de anos de evolução, aos nossos filhos?

Quero por isso ler as vossas opiniões, estimados e limitados leitores, não por achar que o vosso contributo possa acrescentar algum dado novo ao debate - tenho a certeza que não o fará - mas porque me diverte ver as vossas mentes infantis a trabalhar, da mesma forma que um adulto se diverte com as tiradas ingénuas das crianças.

Fico, por isso, à espera dos vossos comentários e/ou e-mails.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

LOLOL. Nem sei o que te diga... o teu ego é de uma enormidade aflitiva! Dou os meus parabéns à tua cara metade que tem paciência para te aturar. :)

4:06 da tarde  
Blogger zorg said...

O recurso ao insulto fácil é a arma dos ímpios!

5:33 da tarde  
Blogger Pedro said...

Venham mais zorgs ao mundo...venham eles. A minha enorme sapiência cá estará para os encaminhar pelo trilho certo q é esta vida árdua e perigosa.

7:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

estavas mortinho por me deitar o dente e já não sabias como. Vá lá tocas no meu ponto fraco... podes vir que desta vez abro-te a a porta... palhaço!

7:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma dica: muito cuidado com esses bacanais com "pretensamente" muitas mulheres boas. Cuidado, não vá a luz apagar-se a meio e seres surpreendido com um ou outro empurrão...

6:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

és mesmo previsível.

6:54 da tarde  
Blogger Pedro F. Ferreira said...

uma honra, uma responsabilidade, um prazer.

10:37 da tarde  
Blogger zorg said...

A disfunção eréctil só vem aos 40 anos e vou demorar 5 anos a admitir! Não viste o Niculau Breyner?

11:27 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home