Cavaquistão? Não, por favor!
Ao ouvir Cavaco quebrar o tabu, naquele tom ensaiado-cumó-caraças-a-tentar-parecer-espontâneo, até se me perfuraram as entranhas e misturaram os fluídos internos! Os gases invadiram-me os intestinos de tal maneira, que insuflei como um balão cheio de hélio e foram necessários 3 homens e vários metros de cabo de aço, para me baixarem do tecto e amarrarem à cama até o efeito passar, numa tempestada de flatulência muito pouco dignificante, para um rapaz da minha posição social.
Subitamente vi-me no passado, há 15 anos atrás, em pleno Cavaquistão profundo! Lá, o bolo-rei come-se de boca aberta a cuspir migalhas, como se fossem chuva e a palavra "programa" só tem um "r".
Lá, o primeiro ministro julga-se uma divindade infalível - o "Grande Timoneiro" da mitologia de Boliqueime - que "nunca se engana e raramente tem dúvidas".
Lá, o secretário de estado da cultura - cuidadosamente escolhido pela sua competência e apetência cultural - não distingue o Chopin do Quim Barreiros e pensa que ambos são violinistas clássicos já falecidos.
Lá, a maior descoberta arqueológica da Europa, nos últimos 50 anos, é despachada como sendo da autoria dos "moleiros locais" e é para ser submergida numa albufeira artificial onde, chega a dizer-se em tom que se pretende sério, se poderá fazer arqueologia subaquática.
Lá, as auto-estradas são sinónimo do desenvolvimento do oásis cavaquista, mesmo as que se desmoronam 2 dias depois da inauguração (e, por coincidência, 2 dias antes das eleições), por contraste com o deserto europeu (onde se investe noutras obras menos "estruturantes", como a educação e a formação da população, com os resultados que hoje todos conhecemos).
Foi este cavaquistão que me atingiu com a força de 20 furacões Katrina, mesmo no meio da testa...e, logo a seguir, atingiu-me outra vez!
Ao ouvir a voz inconfundível do "Professor", ao ser de novo confrontado com aquela arrogância, vinda do homem a quem podemos agradecer o "M" em "medíocre" (senão seria "economista edíocre" que, reconheço, tem muito menos musicalidade) e o "G" em "grunfo" ("o timoneiro é um runfo", não tem a mesma força que a nova versão) , voltei instantaneamente a colocar em cima da mesa a hipótese, há muito afastada, de emigrar para um país livre de Cavacos...isto antes de ir vomitar para a casa de banho!
É por isso que deixo este apelo: levem em consideração tudo o que fiz por este país e por este planeta! Não esqueçam os inestimáveis contributos que dei à arte e as descobertas científicas revolucionárias que ofereci - quase gratuitamente - à humanidade! Lembrem-se disso e NÃO VOTEM NO CAVACO!
E, se votarem e ele ganhar, juro pelo Grande Timoneiro, que governa o panteão dos deuses na celestial Boliqueime, que mando encher um Hércules C-130 com excremento de pombo chinês e bombardeio o palácio de belém! Vai ser espirrar migalhas de bolo rei até ao fim do mandato!
Deixem-me trabalhar!
Subitamente vi-me no passado, há 15 anos atrás, em pleno Cavaquistão profundo! Lá, o bolo-rei come-se de boca aberta a cuspir migalhas, como se fossem chuva e a palavra "programa" só tem um "r".
Lá, o primeiro ministro julga-se uma divindade infalível - o "Grande Timoneiro" da mitologia de Boliqueime - que "nunca se engana e raramente tem dúvidas".
Lá, o secretário de estado da cultura - cuidadosamente escolhido pela sua competência e apetência cultural - não distingue o Chopin do Quim Barreiros e pensa que ambos são violinistas clássicos já falecidos.
Lá, a maior descoberta arqueológica da Europa, nos últimos 50 anos, é despachada como sendo da autoria dos "moleiros locais" e é para ser submergida numa albufeira artificial onde, chega a dizer-se em tom que se pretende sério, se poderá fazer arqueologia subaquática.
Lá, as auto-estradas são sinónimo do desenvolvimento do oásis cavaquista, mesmo as que se desmoronam 2 dias depois da inauguração (e, por coincidência, 2 dias antes das eleições), por contraste com o deserto europeu (onde se investe noutras obras menos "estruturantes", como a educação e a formação da população, com os resultados que hoje todos conhecemos).
Foi este cavaquistão que me atingiu com a força de 20 furacões Katrina, mesmo no meio da testa...e, logo a seguir, atingiu-me outra vez!
Ao ouvir a voz inconfundível do "Professor", ao ser de novo confrontado com aquela arrogância, vinda do homem a quem podemos agradecer o "M" em "medíocre" (senão seria "economista edíocre" que, reconheço, tem muito menos musicalidade) e o "G" em "grunfo" ("o timoneiro é um runfo", não tem a mesma força que a nova versão) , voltei instantaneamente a colocar em cima da mesa a hipótese, há muito afastada, de emigrar para um país livre de Cavacos...isto antes de ir vomitar para a casa de banho!
É por isso que deixo este apelo: levem em consideração tudo o que fiz por este país e por este planeta! Não esqueçam os inestimáveis contributos que dei à arte e as descobertas científicas revolucionárias que ofereci - quase gratuitamente - à humanidade! Lembrem-se disso e NÃO VOTEM NO CAVACO!
E, se votarem e ele ganhar, juro pelo Grande Timoneiro, que governa o panteão dos deuses na celestial Boliqueime, que mando encher um Hércules C-130 com excremento de pombo chinês e bombardeio o palácio de belém! Vai ser espirrar migalhas de bolo rei até ao fim do mandato!
Deixem-me trabalhar!